O desenvolvimento rápido da Internet, a sua popularização mundial e o crescimento do número de publicações digitais na Web, tem provocado um debate sobre qual será o futuro do jornalismo impresso. As opiniões divergem. Alguns acreditam que os jornais em papel não sobreviverão a esta revolução. Tudo será digitalizado e até a televisão, como nós a conhecemos, deixará de existir. Outros afirmam que a Internet não constitui uma ameaça às publicações impressas e que nenhuma tecnologia, irá superar a comodidade e o conforto que um jornal ou revista em papel proporciona aos leitores.
São muitas as vantagens das publicações electrónicas na Web. Os jornais digitais são mais interactivos que os seus correspondentes impressos. Os custos de produção e distribuição, geralmente muito elevados nas publicações tradicionais, são mais reduzidos na Internet. A informação oferecida pode ser mais completa, pois os artigos e as reportagens podem ser complementados com dados adicionais que não teriam espaço nas edições em papel. Há ainda a possibilidade de uma constante actualização noticiosa e de aceder a edições anteriores do jornal através do arquivo.
A revista inglesa vê o fim dos jornais impressos, mas não o das notícia, que no seu entender estão a ganhar espaço, principalmente através da Internet e dos blogs, muitos dos quais feitos por jornalistas.
"As pessoas gostam de matérias curtas e notícias que lhes sejam relevantes, como relatos locais, desportos, entretenimento, tempo e tráfego", nota a Economist. E cada vez mais recebem isso da internet.
Também Arnaud Lagardère, dono de um império de comunicação francês, em entrevista ao semanário Journal du Dimanche sustentou que a imprensa diária tem dez anos diante de si. Só resistirão as publicações mais sofisticadas, de periodicidade semanal ou mensal, como as da imprensa feminina, de decoração ou automobilística.
Também a autora Elisabete Barbosa acredita que a Internet não representará o fim do jornalismo e dos jornalistas, mas que vai, certamente, modificar muitas das práticas actuais nas redacções (mesmo nas de meios de comunicação online).
A lenta declinação da indústria dos jornais é uma tendência mundial, mais sentida nos países desenvolvidos. Grandes nomes da imprensa escrita norte-americana não conseguiram contornar esta situação. O New York Times e o Los Angeles Times, têm diminuído as suas vendas em 3,9% e 5,11% respectivamente, segundo um artigo da Agence France-Presse.
Ao mesmo tempo, houve um aumento do número de americanos que acederam às publicações on-line destes jornais. Segundo a notícia, os grupos da imprensa são obrigados a economizar e a procurar novas formas de rendimento. Muitos dos jornais vêm como solução a redução da equipa de jornalistas, outros lançam cadernos de luxo e de moda para atrair anunciantes.
Em 1946, havia 28 jornais diários na França, que vendiam mais de 6 milhões de exemplares. Hoje são apenas 11 e o total das vendas diárias não passa de 2 milhões de exemplares. A tendência estende-se a vários países. Entre 2000 a 2004, as vendas dos jornais impressos no Brasil caíram 21%.
A 37ª sonda para a queda na circulação dos jornais generalistas verificada em 2007, diz que a chegada dos gratuitos, o menor poder de compra dos portugueses e a melhoria da informação na Internet são os principais motivos apontados pelos inquiridos para a redução da leitura de jornais tradicionais.
Neste sentido, considerámos importante, antes de avançarmos com mais informações sobre o tema, relembrar a forma como o chamado jornalismo tradicional e o jornalismo online surgiram nas nossas vidas. Para isso, veja a seguinte apresentação.
Muito se tem falado sobre esta problemática, que nos envolve a todos. Desta forma, como poderiamos esperar, muitos sao os jornais, os blogs e as revistas que se debruçaram sobre ela.
Para conhecer algumas dessas notícias e opiniões veja o seguinte vídeo.
Lino Resende: http://www.linoresende.com.br/blog/quem-matou-os-jornais/
The Economist: http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=7830218
SU MONOGRAFIA CDA: http://sumonografiacda.wordpress.com/2008/03/24/o-fim-do-jornal-em-papel-jornalismo-online/
Observatório de Imprensa: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=396JDB002
Overmundo: http://www.overmundo.com.br/overblog/o-fim-do-jornal-impresso
Ponto de Análises: http://pontodeanalises.blogspot.com/2006/03/venda-de-jornais-impressos-em-queda.html
PortalIMPRENSA: http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2008/05/06/imprensa19168.shtml
O Insurgente: http://oinsurgente.org/2006/12/30/vendas-de-jornais-continuam-em-queda-em-portugal/
Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/2008/05/07/media/futuro_jornais_passa_pela_integracao.html
Decidimos ainda, nesta análise sobre a questão "Será o fim do jornal em papel?", que seria igualmente necessário, expor alguns dados estatísticos que de certa forma pudessem comprovar ou justificar as observações anteriores.
Assim, em último lugar da nossa publicação colocámos a seguinte apresentação, com as estatísticas sobre os hábitos de leitura de informação dos portugueses, das versões online e impressas.